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sábado, 18 de março de 2017

A formação e Perspectivas dos blocos econômicos regionais

No final do pós-guerra, as nações estavam convencidas de que os obstáculos ao comércio foram um dos fatores que colaboraram para a primeira e segunda Guerras Mundiais. Fazia-se então necessária a criação de um órgão para criar normas ao comércio mundial. Neste contexto, em 1947, em Genebra, foi criado o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), que, segundo Salvatore (1999), tinha como objetivo promover o livre comércio por meio de acordos multilaterais (Daniel Arruda Coronel e João Aramando Dessimon, p 87)
Com a globalização intensificada a partir das décadas de 80 e 90 do século XX( o século passado) , cujo fenômeno, pode ser bem ilustrado através de sua dimensão de maior visibilidade_ a econômica, que por sua vez é sinalizada, pela disseminação das grandes empresas multinacionais, agora chamadas de transnacionais, nos países subdesenvolvidos industrializados. Com a economia globalizada, temos o a ampliação da concorrência e competitividade entre países e empresas, impulsionando a formação de blocos ou acordos comerciais bilaterais por regiões do globo. A união faz a força, o que leva os países se juntar em grupos, no sentido de aumentar seus poderes de barganha dentro do cenário econômico global, cuja competição por domínio de mercados é super acirrada a cada dia que se passa.
Em cada região do mundo, os países já se relacionavam diplomaticamente e economicamente entre si, com a formação dos blocos essas relações foram maximizadas através de novas regras e novas facilidades como a redução de tarifas alfandegárias e menos burocracia, visando otimizar as exportações e importações entre seus membros.
Na América do Norte, foi criado o NAFTA( Acordo de Livre Comercio das Américas ,formado pelos EUA, Canadá e México. O Brasil, a Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela(2006) integram uma União Aduaneira, apesar do nome sugerir um Mercado Comum, se traduzirmos ao pé da sigla: Mercosul (Mercado Comum do Sul). Esta fase de integração é diferenciada das demais pelo o estabelecimento de uma tarifa externa comum para ser utilizada com países exteriores ao bloco.
O processo de integração entre as nações é gradativo e passível de evolução, logo, um bloco econômico configurado como uma Zona de Livre Comércio ou União Aduaneira hoje, poderá se transformar num Mercado Comum ou União Econômica e Monetária amanhã. Assim, afirmamos que os formatos dos blocos ou agremiações comerciais supranacionais não são estanques e/ou definitivas.
É igualmente relevante sublinhar, que alguns blocos ou associações comerciais internacionais são formados por membros extremamente heterogêneos, mesmo observando as afinidades histórico-culturais que os unem. Por exemplo: O Nafta possui dois integrantes altamente desenvolvidos e industrializados(EUA e Canadá) e um subdesenvolvido ou emergente _ o México, porém , a Cooperação econômica da Ásia e Pacífico(APEC) é a associação que se destaca em primeiro lugar, por reunir os membros com características mais discrepantes, de outro modo,é o que mais apresenta heterogeneidades(diferenças) intrablocos.
Sabemos que os blocos existem, e que eles evoluem de fases de integração, são compostos por membros heterogêneos (ricos e pobres; industrializados e semi-industrializados). Entretanto, nem de longe, é confortável saber que a formação dos blocos econômicos trazem mais vantagens ás empresas exportadoras e importadoras do que as pessoas físicas. Contudo, podemos vislumbrar algumas vantagens como: o acesso a produtos importados a preços mais baratos (trigo, vinhos, carros, combustíveis, calçados, medicamentos etc!). O primeiro produto desta lista_o trigo, cerca de 60% do nosso consumo é importado do MERCOSUL. 

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