Páginas

domingo, 26 de março de 2017

A Revolução Tecnológica e a Globalização

Com a Revolução Industrial que se iniciou a partir da segunda metade do século XVIII, e segue até nos dias de hoje, muita coisa mudou. A Revolução Industrial se originou no Reino Unido e depois se espalhou para outros países e regiões do globo. Seu principal símbolo foi a máquina a vapor e a indústria têxtil a mais importante, tendo o carvão como principal fonte de energia. Tal fenômeno, foi responsável por inúmeras transformações sociais, econômicas, geográficas e culturais em todo o mundo.
Já a segunda Revolução Industrial, que se estendeu do fim do século XIX até o fim do século XX, foi simbolizada pelo automóvel. A principal fonte de energia era o petróleo e as indústrias de vanguarda eram a automobilística , a petroquímica, a mecânica, e a siderúrgica. O grande líder da segunda revolução industrial, o que mais avançou nessa fase e servia como exemplo para os demais foram os Estados Unidos, a maior economia durante todo o século XX.
Apesar da terceira Revolução Industrial, ter sido iniciada a partir de 1970, ainda se encontra em andamento e deverá atingir o seu maior desenvolvimento no transcorrer do século XXI.  Ela é marcada pela substituição do petróleo por outras fontes de energia -  energia eólica, hidrogênio e solar.

O SURGIMENTO DE NOVOS SETORES DE VANGUARDA:
ü  O surgimento da informática;
ü   A origem da biotecnologia e clonagem;
ü  A introdução da robótica na indústria automobilística;
ü  Pesquisas no ramo da nanotecnologia ou microinformática;
ü  Qualificação e especialização da mão de obra.
AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
Ø  Mudança nos meios de produção;
Ø  Acúmulo de capital;
Ø  Redução dos custos de produção;
Ø  Aumento da produção;
Ø   O surgimento de classes sociais;
Ø  A introdução da linha de montagem;
 A livre concorrência de mercado

ESPAÇOS DA GLOBALIZAÇÃO

        Entende-se por globalização o processo de interligação econômica e cultural, em nível planetário, que ganhou intensidade a partir de 1980, devido sobretudo ao crescimento vertiginoso dos principais centros nervosos  das sociedades moderna: os mercados financeiros e as  redes de informações.
No espaço globalizado contemporâneo, emergem novas potências econômicas e se organizam as relações entre os focos tradicionais de poder. Ao mesmo tempo, sob o impacto de uma revolução técnico-científica, todo o processo produtivo se transforma. As repercussões   dessas mudanças nas regiões industriais, nas economias urbanas e nas estruturas de emprego configuram verdadeiros cataclismos.

    AS TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS  NO ESPAÇO COM A GLOBALIZAÇÃO
ü  Aumento nos fluxos de capitais, mercadorias, e pessoas;
ü  Rapidez na logística mundial denominado just in time;
ü   A utilização da Internet e a telefonia móvel para agilizar as transações financeiras internacionais;
ü  O surgimento das redes de fast-food;
ü  A fusão de grandes empresas nacionais e transnacionais;
ü  A formação dos NPIs, Novos Países Industrializados;

      A FORMAÇÃO DOS PRINCIPAIS BLOCOS REGIONAIS

  
       No final do pós-guerra, as nações estavam convencidas de que os obstáculos ao comércio foram um dos fatores que colaboraram para a primeira e segunda Guerras Mundiais. Fazia-se então necessária a criação de um órgão para criar normas ao comércio mundial. Neste contexto, em 1947, em Genebra, foi criado o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), que, segundo Salvatore (1999), tinha como objetivo promover o livre comércio por meio de acordos multilaterais (Daniel Arruda Coronel e João Aramando Dessimon, p 87)
      Com a globalização intensificada a partir das décadas de 80 e 90 do século XX( o século passado) , cujo fenômeno, pode ser bem ilustrado através de sua dimensão de maior visibilidade_ a econômica, que por sua vez é sinalizada, pela disseminação das grandes empresas multinacionais, agora chamadas de transnacionais, nos países subdesenvolvidos industrializados. Com a economia globalizada, temos o a ampliação da concorrência e competitividade entre países e empresas, impulsionando a formação de blocos ou acordos comerciais bilaterais por regiões do globo. A união faz a força, o que leva os países se juntar em grupos, no sentido de aumentar seus poderes de barganha dentro do cenário econômico global, cuja competição por domínio de mercados é super acirrada a cada dia que se passa.
Em cada região do mundo, os países já se relacionavam diplomaticamente e economicamente entre si, com a formação dos blocos essas relações foram maximizadas através de novas regras e novas facilidades como a redução de tarifas alfandegárias e menos burocracia, visando otimizar as exportações e importações entre seus membros. Os principais blocos são :

Ø   União Europeia;
Ø  Nafta (EUA, Canadá e México)
Ø  Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai);
Ø  Tigres Asiáticos (Cingapura, Hong Kong, Coréia do Sul e Taiwan);
Ø  Pacto andino (Venezuela, Bolívia, Equador e Peru);
Ø  CEI – Comunidade dos Estados Independentes.


Mapa destacando os principais blocos econômicos do Planeta/Brasil Escola 
Na América do Norte, foi criado o NAFTA( Acordo de Livre Comercio das Américas  ,formado pelos EUA, Canadá e México. O Brasil, a Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela(2006) integram uma União Aduaneira, apesar do nome sugerir um Mercado Comum, se traduzirmos ao pé da sigla: Mercosul (Mercado Comum do Sul). Esta fase de integração é diferenciada das demais pelo o estabelecimento de uma tarifa externa comum para ser utilizada com países exteriores ao bloco.
     O processo de integração entre as nações é gradativo e passível de evolução, logo, um bloco econômico configurado como uma Zona de Livre Comércio ou União Aduaneira hoje, poderá se transformar num Mercado Comum ou União Econômica e Monetária amanhã. Assim, afirmamos que os formatos dos blocos ou agremiações comerciais supranacionais não são estanques e/ou definitivas.
             É igualmente relevante sublinhar, que alguns blocos ou associações comerciais internacionais são formados por membros extremamente heterogêneos, mesmo observando as afinidades histórico-culturais que os unem. Por exemplo: O Nafta possui dois integrantes altamente desenvolvidos e industrializados (EUA e Canadá) e um subdesenvolvido ou emergente _ o México, porém , a Cooperação econômica da Ásia e Pacífico(APEC) é a associação que se destaca em primeiro lugar, por reunir os membros com características mais discrepantes, de outro modo,é o que mais apresenta heterogeneidades(diferenças) intrablocos.
            Sabemos que os blocos existem, e que eles evoluem de fases de integração, são compostos por membros heterogêneos (ricos e pobres; industrializados e semi-industrializados). Entretanto, nem de longe, é confortável saber que a formação dos blocos econômicos trazem mais vantagens ás empresas exportadoras e importadoras do que as pessoas físicas. Contudo, podemos vislumbrar algumas vantagens como: o acesso a produtos importados a preços mais baratos (trigo, vinhos, carros, combustíveis, calçados, medicamentos etc!). O primeiro produto desta lista_o trigo, cerca de 60% do nosso consumo é importado do MERCOSUL.


REGIONALIZAÇÃO: uma construção intelectual


*Por Vanderlei de Araújo Mendes

Quando falamos em regionalização de um espaço, podemos inicialmente, nos deparar diante de várias possibilidades, porém, a premissa que deve nortear todas elas, é que região não é um dado da natureza, mas uma construção intelectual, ou seja, um expediente (ato) particular conferido ao ser humano. Por conseguinte, regionalizar é um processo de construir, intelectualmente, regiões. Tal processo pode ser motivado pelas mais diversas razões, sendo que as mais comuns são: finalidade didática, estatística, planejamento territorial etc!  
É relevante lembrar, que o conceito de região está historicamente vinculado à ideia de diferenciação entre áreas, sendo esta primeiramente resultante das diferenças naturais entre os lugares, e posteriormente da forma desigual de como os lugares foram sendo apropriados e explorados economicamente. Igualmente importante, é saber que a “humanização do conceito de região” (iniciada por La Blache e seus seguidores) se dá ao largo do século XX.
Há que se destacar que as regiões são frutos da inteligência e racionalidade humana, e que os homens as constroem no sentido de suprir as suas necessidades. A principio somente os elementos da natureza (relevo, clima, hidrografia e vegetação) eram utilizados para se diferenciar uma região de outra, por isso era chamada de “região natural”.   Com o passar do tempo, as características sociais e econômicas também foram incorporadas ao processo de regionalização, o que levou a mudança do conceito de “região natural” para “região homogênea”.
São inúmeras as razões, pelas quais os homens e mulheres são motivados a elaborar a regionalização de um espaço. Para fins didáticos, tendo como exemplo o Brasil, a melhor forma de aprendermos ou ensinarmos sobre o mesmo é através da divisão regional, uma vez que temos um país com dimensões territoriais continentais; por uma questão de estatística ou contagem da população de cidadãos e de animais, e principalmente para fins de planejamento territorial, cuja finalidade foi a razão maior da criação do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, criado pelo governo federal do Brasil em 1942.
Em tese, a partir do estudo regional elaborado pelo instituto supracitado, é que o governo federal elabora seu planejamento de politicas publicas(educação, saúde, segurança, vias de transportes), no sentido de corrigir as distorções ou disparidades entre as demais regiões. Distorções estas, que foram resultantes de implantação de dinâmicas sócioespaciais e econômicas diferentes.

Diante do exposto, podemos afirmar que regionalização é um processo intelectual bastante complexo e histórico, que possui várias finalidades, motivado por inúmeras razões; que as regiões são diferentes fisicamente por conta da imensa extensão territorial, quando tratamos de Brasil, e socioeconomicamente diferentes porque tiveram formas de apropriação desiguais, o que implicou na implantação de dinâmicas socioeconômicas e espaciais diferentes em cada uma das regiões do Brasil.

sábado, 18 de março de 2017

A formação e Perspectivas dos blocos econômicos regionais

No final do pós-guerra, as nações estavam convencidas de que os obstáculos ao comércio foram um dos fatores que colaboraram para a primeira e segunda Guerras Mundiais. Fazia-se então necessária a criação de um órgão para criar normas ao comércio mundial. Neste contexto, em 1947, em Genebra, foi criado o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), que, segundo Salvatore (1999), tinha como objetivo promover o livre comércio por meio de acordos multilaterais (Daniel Arruda Coronel e João Aramando Dessimon, p 87)
Com a globalização intensificada a partir das décadas de 80 e 90 do século XX( o século passado) , cujo fenômeno, pode ser bem ilustrado através de sua dimensão de maior visibilidade_ a econômica, que por sua vez é sinalizada, pela disseminação das grandes empresas multinacionais, agora chamadas de transnacionais, nos países subdesenvolvidos industrializados. Com a economia globalizada, temos o a ampliação da concorrência e competitividade entre países e empresas, impulsionando a formação de blocos ou acordos comerciais bilaterais por regiões do globo. A união faz a força, o que leva os países se juntar em grupos, no sentido de aumentar seus poderes de barganha dentro do cenário econômico global, cuja competição por domínio de mercados é super acirrada a cada dia que se passa.
Em cada região do mundo, os países já se relacionavam diplomaticamente e economicamente entre si, com a formação dos blocos essas relações foram maximizadas através de novas regras e novas facilidades como a redução de tarifas alfandegárias e menos burocracia, visando otimizar as exportações e importações entre seus membros.
Na América do Norte, foi criado o NAFTA( Acordo de Livre Comercio das Américas ,formado pelos EUA, Canadá e México. O Brasil, a Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela(2006) integram uma União Aduaneira, apesar do nome sugerir um Mercado Comum, se traduzirmos ao pé da sigla: Mercosul (Mercado Comum do Sul). Esta fase de integração é diferenciada das demais pelo o estabelecimento de uma tarifa externa comum para ser utilizada com países exteriores ao bloco.
O processo de integração entre as nações é gradativo e passível de evolução, logo, um bloco econômico configurado como uma Zona de Livre Comércio ou União Aduaneira hoje, poderá se transformar num Mercado Comum ou União Econômica e Monetária amanhã. Assim, afirmamos que os formatos dos blocos ou agremiações comerciais supranacionais não são estanques e/ou definitivas.
É igualmente relevante sublinhar, que alguns blocos ou associações comerciais internacionais são formados por membros extremamente heterogêneos, mesmo observando as afinidades histórico-culturais que os unem. Por exemplo: O Nafta possui dois integrantes altamente desenvolvidos e industrializados(EUA e Canadá) e um subdesenvolvido ou emergente _ o México, porém , a Cooperação econômica da Ásia e Pacífico(APEC) é a associação que se destaca em primeiro lugar, por reunir os membros com características mais discrepantes, de outro modo,é o que mais apresenta heterogeneidades(diferenças) intrablocos.
Sabemos que os blocos existem, e que eles evoluem de fases de integração, são compostos por membros heterogêneos (ricos e pobres; industrializados e semi-industrializados). Entretanto, nem de longe, é confortável saber que a formação dos blocos econômicos trazem mais vantagens ás empresas exportadoras e importadoras do que as pessoas físicas. Contudo, podemos vislumbrar algumas vantagens como: o acesso a produtos importados a preços mais baratos (trigo, vinhos, carros, combustíveis, calçados, medicamentos etc!). O primeiro produto desta lista_o trigo, cerca de 60% do nosso consumo é importado do MERCOSUL. 

A presença da mulher no mercado de trabalho e na sociedade

A partir dos anos de 1960, deu-se inicio uma maior inserção da mulher no mercado de trabalho. Atualmente, sua participação tem sido significativa neste segmento e na sociedade como um todo. Embora, desempenhando as mesmas funções, a remuneração feminina no trabalho é inferior a dos homens. 
É pertinente dizer, que as mulheres dividem os mesmos espaços com os homens em nossa sociedade: Elas ocupam postos nos tribunais superiores, nos ministérios, no topo de grandes empresas, em organizações de pesquisa de tecnologia de ponta. Pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo, ocupam cargos eletivos nas esferas municipais estaduais e federais, dentre tantas outras funções ditas masculinas.
Há que se destacar que Independente do grau de qualificação e função desempenhada, ainda percebe-se uma visível desigualdade no que a remuneração feminina em relação a masculina. Tal diferença, é tamanha que se estima que as trabalhadoras do setor privado recebam cerca de 30%(trinta por cento) a menos que os homens.

Diante do exposto, vimos que as mulheres apesar de serem tão eficientes quanto os homens, possuem uma desvantagem quando se trata de salários. Com isso, podemos afirmar o quanto a nossa sociedade é machista, pois descende de uma civilização ocidental patriarcal, na qual o pai ou o homem se considera o centro das decisões.