segunda-feira, 19 de março de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
A regionalização do espaço brasileiro
Dividir
o Brasil em regiões é tarefa empreendida por estudiosos para atender a
diferentes necessidades. Mas também é um ato administrativo-político do poder
público no sentido de ordenar a aplicação de programas econômicos e sociais e
de coletar informações. Assim, podemos ter acesso a vários tipos de
regionalização
Cada proposta de regionalização é sustentada por
finalidades e critérios distintos. Se a finalidade é fazer um estudo das
paisagens naturais do território brasileiro, os critérios adotados tomam como
referência os componentes físicos do espaço – clima, vegetação, relevo,
hidrografia, solo etc. de outra forma, se o objetivo for o entendimento quanto
à distribuição de atividades econômicas no território, os critérios adotados
serão os tipos de atividades econômicas (indústria, agricultura, comércio), o
nível tecnológico das atividades, o volume de produção e uma infinidade de
outros detalhes que se queria destaca
Diferentes regionalizações do território brasileiro, já foram elaboradas como a: A regionalização oficial do IBGE- Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística que divide o Brasil em cinco (05) macrorregiões: Região Norte, Região Nordeste, Região Centro-Oeste, Região Sudeste e Região Sul (FIG.1); A regionalização do Brasil em domínios Morfoclimáticos (FIG.3) que recebe a denominação de paisagens ou fronteiras naturais, sistematizado por Aziz Ab’Saber, o qual elaborou um recorte de nosso território em ( Domínio Amazônico, Domínio do cerrado, Domínio da Caatinga, Domínio Mares de Morro, Domínio Das Araucárias, Domínio das Pradarias e Faixas de Transição).![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqH1J0KBFRY2RK7G1UhNVQesuLWFc74cH1_c0_gDYe-n8ZZfc1THbrkIytkghvZ7hcOVSXSZMezjUj2JHoeEkAwXh97DN7A3XScpbAwYUwGQ288BRH_Y7xXWPKCM6RVAal9lTyqNeNHCbe/s640/Quadro-resumo+3.jpg)
Diferentes regionalizações do território brasileiro, já foram elaboradas como a: A regionalização oficial do IBGE- Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística que divide o Brasil em cinco (05) macrorregiões: Região Norte, Região Nordeste, Região Centro-Oeste, Região Sudeste e Região Sul (FIG.1); A regionalização do Brasil em domínios Morfoclimáticos (FIG.3) que recebe a denominação de paisagens ou fronteiras naturais, sistematizado por Aziz Ab’Saber, o qual elaborou um recorte de nosso território em ( Domínio Amazônico, Domínio do cerrado, Domínio da Caatinga, Domínio Mares de Morro, Domínio Das Araucárias, Domínio das Pradarias e Faixas de Transição).
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqH1J0KBFRY2RK7G1UhNVQesuLWFc74cH1_c0_gDYe-n8ZZfc1THbrkIytkghvZ7hcOVSXSZMezjUj2JHoeEkAwXh97DN7A3XScpbAwYUwGQ288BRH_Y7xXWPKCM6RVAal9lTyqNeNHCbe/s640/Quadro-resumo+3.jpg)
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Mapa dos Complexos Regionais (1-Amazônia -2-Centro-Sul 3-Nordeste )
Os quatro brasis( Milton Santos e Maria Laura da Silveira )
Regionalização de Planejamento dos Militares
terça-feira, 13 de março de 2012
A REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL EM DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS
![]() |
Geógrafo brasileiro Aziz Nacib Ab' Saber |
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aziz_Ab'Saber
sábado, 10 de março de 2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
A PRIMAVERA ÁRABE
Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que viria a ser chamado mais tarde de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.
Inspirados no "sucesso" dos protestos na Tunísia, os egípcios foram às ruas. A saída do presidente Hosni Mubarak, que estava no poder havia 30 anos, demoraria um pouco mais. Enfraquecido, ele renunciou dezoito dias depois do início das manifestações populares, concentradas na praça Tahrir (ou praça da Libertação, em árabe), noCairo, a capital do Egito. Mais tarde, Mubarak seria internado e, mesmo em uma cama hospitalar, seria levado a julgamento.
A Tunísia e o Egito foram às urnas já no primeiro ano da Primavera Árabe. Nos dois países, partidos islâmicos saíram na frente. A Tunísia elegeu, em eleições muito disputadas, o Ennahda. No Egito, a Irmandade Muçulmana despontou como favorito nas apurações iniciais do pleito parlamentar.
A Líbia demorou bem mais até derrubar o coronel Muamar Kadafi, o ditador que estava havia mais tempo no poder na região: 42 anos, desde 1969. O país se envolveu em uma violenta guerra civil, com rebeldes avançando lentamente sobre as cidades ainda dominadas pelo regime de Kadafi. Trípoli, a capital, caiu em agosto. Dois meses depois, o caricato ditador seria capturado e morto em um buraco de esgoto em Sirte, sua cidade natal.
O último ditador a cair foi Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen. Meses depois de ficar gravemente ferido em um atentado contra a mesquita do palácio presidencial emSanaa, Saleh assinou um acordo para deixar o poder. O vice-presidente, Abd Rabbuh Mansur al-Radi, anunciou então um governo de reconciliação nacional. A saída negociada de Saleh foi também fruto de pressão popular.
FONTE: http://topicos.estadao.com.br/primavera-arabe
A ÁGUA DOCE EM NOSSO PLANETA
Preocupar-se com a escassez de água em um
planeta que tem 75% de sua superfície
coberta por água parece absurdo. No entanto, a maior parte desse volume
encontra-se nos mares e oceanos - água salgada, imprópria para o consumo humano
e para a produção de alimentos.
Apesar de 75% da superfície do planeta ser
recoberta por massas líquidas, a água doce não representa mais do que 3% desse
total. Apenas um terço da água doce - presente nos rios, lagos, lençóis
freáticos superficiais e atmosfera - é acessível. O restante está concentrado
em geleiras, calotas polares e lençóis freáticos profundos, conforme mostra a
tabela abaixo:
CONSUMO DE ÁGUA
Embora seja uma substância abundante em nosso planeta,
especialistas alertam para um possível colapso das reservas de água doce, que
vêm se tornando uma raridade em vários países. A quantidade de água no mundo
permanece constante, ao passo que a procura aumenta a cada dia e, somada a
essa, procura tem-se atitudes e comportamentos que vão do desperdício à
poluição, resultando numa relação desigual entre natureza e seres humanos -
enquanto as reservas de água estão diminuindo, a demanda cresce de forma dramática
e em um ritmo insustentável.
FONTE : http://educacao.uol.com.br/geografia/agua-potavel-apenas-3-das-aguas-sao-doces.jhtm
quinta-feira, 8 de março de 2012
RELAÇÃO DOS ALUNOS DA E.E.E.F.M. CHARLES ASSAD APROVADOS EM 2011
RELAÇÃO DO
NOME
|
CURSO
|
INSTITUIÇÃO
|
MODALIDADE
|
OBSERVAÇÃO
|
ALFREDO LOPES DA SILVA
|
AGROPECUÁRIA
|
IFPA
|
TÉCNICO
|
SEM FAZER CURSINHO
|
ANTONIA MADALENA CARVALHO
|
IFPA
|
TÉCNICO
|
SEM FAZER CURSINHO
|
|
MARIA DE NAZARÉ DE OLIVEIRA MOREIRA
|
IFPA
|
TÉCNICO
|
SEM FAZER CURSINHO
|
|
MARIA DE NAZARÉ DE OLIVEIRA MOREIRA
|
PEDAGOGIA
|
UEPA
|
GRADUAÇÃO EM N. SUPERIOR
|
SEM FAZER CURSINHO
|
MARIA FABIELE DE OLIVEIRA
|
IFPA
|
TÉCNICO
|
SEM FAZER CURSINHO
|
|
JOSÉ RAMIREZ DE PAULO MENDES
|
UFOPA
|
GRADUAÇÃO EM N. SUPERIOR
|
FEZ CURSINHO
|
|
ISAURA RALIME MOTA LISBOA
|
QUÍMICA
|
UEPA
|
GRADUAÇÃO EM N. SUPERIOR
|
FEZ CURSINHO
|
LUIZA MARIA FERREIRA GALENO
|
FILOSOFIA
|
UEPA
|
GRADUAÇAO EM N. SUPERIOR
|
SEM FAZER CURSINHO
|
KARELE OLIVEIRA DE FREITAS
|
ENFERMAGEM
|
UFPA
|
GRADUAÇÃO
|
SEM FAZER CURSINHO/CURSANDO CIENCIAS NATURAIS
|
HARISSON CAVALCANTE DOS SANTOS GERALDO
|
MEDICINA
|
UFPA
|
GRADUAÇÃO
|
SEM FAZER CURSINHO, CURSANDO CIENCIAS NATURAIS
|
Figura 1- O globo terrestre revestido ou alcançado pelas grandes marcas
QUANDO SURGIU A GLOBALIZAÇÃO?
Não há um consenso a respeito. Alguns estudiosos falam dos
anos de 1980, quando os governos começaram a implantar o programa econômico
neoliberal, abrindo suas portas à entrada do capital e das mercadorias
estrangeiras. Outros acreditam que a origem da globalização remonta à segunda
metade do século XIX, aproximadamente, quando as grandes economias capitalistas
iniciaram a primeira grande onda de investimentos no exterior, inaugurando o
que se chamou de imperialismo. Finalmente, para outros estudiosos, a
globalização é um fenômeno bem mais antigo, que surgiu com as grandes viagens
marítimas dos séculos XV e XVI, a partir das quais exploradores, burgueses e
governantes europeus submeteram as terras conquistadas do chamado Novo Mundo à
dinâmica da política econômica mercantilista, integrando colônias e metrópoles
no comércio mundial.
Estudos teóricos concluíram que o fenômeno da globalização
resulta de três aspectos ou forças poderosas: a revolução tecnológica, a
interdependência dos mercados financeiros em escala planetária e a formação de
áreas de livre comércio. Portanto, a globalização é o processo de
integração do espaço mundial caracterizado pelo fluxo intenso de capitais,
serviços, produtos e tecnologias entre os países, o que resulta num mundo
interligado por transações econômicas que movimentam capitais volumosos.
QUAIS SÃO OS EFEITOS DA
GLOBALIZAÇÃO?
O avanço tecnológico, a interligação e a interdependência dos
mercados financeiros em escala mundial encurtaram as distâncias, unificaram e
baratearam a informação e estão promovendo a padronização da cultura e do
comportamento por meio de tevês a cabo, filmes, livros, fluxos migratórios e,
mais recentemente, da internet.
O movimento da globalização tende a criar uma cultura de consumo padronizada por meio de uma estratégia mundialmente unificada de marketing, destinada a uniformizar a imagem dos produtos aos olhos dos consumidores.
O movimento da globalização tende a criar uma cultura de consumo padronizada por meio de uma estratégia mundialmente unificada de marketing, destinada a uniformizar a imagem dos produtos aos olhos dos consumidores.
Sob certos aspectos, o mundo está se tornando
uma "aldeia global". Empresas gigantescas estão atravessando as
fronteiras nacionais e se instalando em vários países; o avanço tecnológico na
área da informática e das telecomunicações tem permitido a agilidade nas
transações comerciais e no intercâmbio de informações; a abertura dos mercados
nacionais às importações, favorecida por baixas tarifas alfandegárias, deu um
grande impulso ao fluxo de mercadorias, fazendo explodir o comércio mundial.
O processo de globalização provocou também um efeito devastador; o desemprego, que atinge tanto os países subdesenvolvidos da América Latina, Ásia e África como as nações industrializadas da América do Norte, da Europa e da Ásia.
Na história da formação e consolidação do
sistema capitalista, os níveis de desemprego acompanharam as fases de
crescimento e de retração econômica, crescendo nos períodos de crise e
reduzindo-se logo que a economia dava sinais de recuperação. A partir das
últimas décadas do século XX, porém, surgiu uma modalidade de desemprego não
decorrente de crises econômicas nem da redução dos investimentos nas atividades
produtivas, mas da revolução tecnológica. É o chamado desemprego estrutural.
O desemprego estrutural resulta do avanço
tecnológico, isto é, do aperfeiçoamento do processo da capacidade produtiva das
empresas pela aplicação de novas tecnologias e de novas formas de organização
do trabalho. Se por um lado essas transformações resultam no aumento de
produtividade, por outro reduzem a quantidade de trabalhadores necessários à
produção, pois fazem com que muitas funções deixem de existir. Por exemplo: o
e-mail, mais ágil e prático, substitui a correspondência tradicional,
provocando a extinção de postos de trabalho nos correios.
No Brasil, como nos demais países
subdesenvolvidos, a globalização econômica tem elevado as taxas de desemprego e
ampliado a distância entre ricos e pobres.
Fontes:
http://www.wikipedia.org.br/globalização
quarta-feira, 7 de março de 2012
A REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL
Existem inúmeras
divisões do espaço geográfico mundial, mas podemos separar duas formas de
regionalização mais conhecidas e utilizadas. Uma é a setorização da Terra por
critérios naturais, em especial pelos continentes. A outra é a divisão do
espaço mundial por critérios sociais ou político-econômicos: o Norte(países
ricos e industrializados) e o Sul(países pobres ou subdesenvolvidos).
Figura 1- Mapa da Divisão Norte/Sul
Figura 2- Divisão do mundo em continentes
De forma
simplificada, podemos afirmar que aqueles estudos que têm na Terra(natureza) o
seu referencial, fazem parte da chamada geografia tradicional.
Dos Três Mundos à Oposição Norte/Sul
A regionalização do
espaço mundial com base em critérios sociais sempre está ligada ordem
internacional que prevalece num certo momento, ao equilíbrio instável dos
países e os grupos de países, à disputa (ou cooperação) entre as grandes
potências mundiais. Após 1945 o mundo dividiu-se em três "mundos" ou
conjuntos de países: o primeiro mundo(países capitalistas desenvolvidos); o
segundo mundo (países socialistas ou de economia planificada); e o terceiro
mundo (áreas periféricas ou subdesenvolvidas, com freqüência marcadas por disputas
entre capitalismo e socialismo).
Figura 3- Mapa dos 03(três) mundos
Figura 3- Mapa dos 03(três) mundos
Os Sistemas Sócio-Econômicos
Capitalismo e
socialismo são dois tipos de sistemas bastante diferentes entre si. Podemos
dizer que o capitalismo caracteriza-se por apresentar uma economia de mercado e
uma sociedade de classes. O socialismo, por sua vez, basicamente constitui-se por
uma economia planificada e uma sociedade teoricamente sem classes.
O Reforço das disparidades entre o Norte e o Sul
Com a crise do
mundo socialista, aumenta a oposição entre o Norte e o Sul. Isso, porque deixa
de haver o conflito LESTE/OESTE, ou seja, entre o socialismo real o
capitalismo.
As Disparidades tendem a aumentar
A oposição entre o
Norte e o Sul tem ainda um outro motivo para se acentuar: as desigualdades
internacionais, que vêm aumentando desde os anos 80 e devem se agravar ainda
mais até o início do século XX. O PNB dos ricos sempre tem aumentado, enquanto
os de grande parte dos países pobres tem diminuído, especialmente na África. De
forma resumida, podemos dizer que isso se deve ao seguinte: enquanto as
economias mais avançadas estão atravessando a chamada Revolução
tecnico-científica, com substituição de força de trabalho desqualificada por
máquinas, com a expansão da informática, etc., os países mais pobres só têm
duas coisas a oferecer – matérias-primas e mão de obra barata -, e esses
elementos perdem valor a cada dia. Somente os países com uma força de trabalho
qualificada (resultado de um ótimo sistema educacional) e tecnologia avançada é
que possuem condições ideais para o desenvolvimento..
Subordinação ou
dependência econômica ?
Todos os países do
Sul ou do terceiro mundo são economicamente dependentes dos países
desenvolvidos. Tal dependência manifesta-se de três maneiras:
I. Endividamento externo – normalmente, todos os países
subdesenvolvidos possuem vultosas dívidas para com grandes empresas financeiras
internacionais.
II. Relações comerciais desfavoráveis – geralmente, os
países subdesenvolvidos exportam produtos primários (não industrializados),
como gêneros agrícolas e minérios. As importações, por sua vez, consistem
basicamente de produtos manufaturados, material bélico e produtos de tecnologia
avançada (aviões, computadores, etc.). Esta relação comercial revela-se
terrivelmente desvantajosa , pois os artigos importados têm valor agregado bem
maior do que os exportados, e ainda se valorizam mais rapidamente.
III. Forte influência de empresas estrangeiras – nos países
subdesenvolvidos, boa parte das principais empresas industriais, comerciais,
mineradoras e às vezes até agrícolas é de propriedade estrangeira, possuindo a
matriz nos países desenvolvidos. São as chamadas multinacionais. Uma grande
parcela dos lucros dessas empresas é remetida para suas matrizes, o que provoca
descapitalização no terceiro mundo.
Grandes Desigualdades Sociais
Em todos os países
subdesenvolvidos, a diferença entre ricos e pobres é muito mais acentuada do
que nos países desenvolvidos. Por exemplo, na Colômbia, 2,6% da população
possui 40% da renda nacional; no Chile, 2% dos proprietários possuem 50% das
terras agrícolas. Dessa forma, a população de baixa renda acaba sofrendo de
sérios problemas de subnutrição, falta de moradias, atendimento
médico-hospitalar inadequado, insuficiência de escolas, etc.
Como Definir a Nova Ordem?
A nova ordem
costuma ser definida como multipolar. Isso quer dizer que existem vários pólos
ou centros de poder no plano mundial. Hoje temos três grandes potências
mundiais de poderio econômico, tecnológico e político-diplomático: EUA, Japão e
a União Européia.
A ordem mundial era
tida como dicotômica ou dualista, ou seja, predominava a oposição entre o bem e
o mal, entre o capitalismo e o socialismo. A nova ordem é pluralista, ou seja,
possui várias frentes de oposição, como RICOS/POBRES; CRISTÃOS/MUÇULMANOS(ISLÂMICOS);
INTERESSES MERCANTIS/CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA, etc.
A distribuição da população mundial
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL
A população mundial não se encontra
homogeneamente distribuída no planeta. A áreas superpovoadas opõem-se outras
onde o homem se encontra ausente. Estão nesta situação o extremo norte da
América, da Europa e da Ásia e também grande parte do Norte de África e extremo
sul da América, assim como o interior da Ásia, da Austrália, da América do
Norte e toda a Antártida.
Com estas regiões praticamente
desertas contrastam quatro grandes focos populacionais. São eles o Sul (A) e o
Sudeste asiático (B), a Europa Ocidental (C) e a faixa costeira atlântica da
América do Norte (D).
Do conjunto destaca-se assim uma
maior concentração populacional no hemisfério norte, onde se encontra também a
maior parte das terras emersas. Contudo, outros fatores estão na origem desta
distribuição populacional.
O homem é um ser com grande capacidade de
adaptação ao meio natural. Contudo, existem algumas regiões cujas
características naturais lhe são francamente hostis, impedindo, assim, a sua
fixação.
FATORES JUSTIFICATIVOS DAS FRACAS DENSIDADES
POPULACIONAIS
Incluímos neste grupo as regiões
de clima frio, as regiões desérticas, as regiões de clima quente e úmido e as
regiões de montanha.
A temperatura ambiente ideal
para o Homem oscila entre os 22ºC e os 25ºC. Com valores de temperaturas
inferiores, o Homem sente necessidade de se abrigar e proteger.
Os climas frios são dificilmente
suportados pelo Homem, não só pela longa duração do Inverno e pelo rigor das
suas temperaturas, como também pelos baixos níveis de luminosidade. Por outro
lado, as atividades econômicas são fortemente limitadas. A fraca luminosidade,
as baixas temperaturas e a constante camada de gelo sobre o solo impedem o
desenvolvimento de urna cobertura vegetal e, como tal, a prática da
agricultura.
Existem pequenos grupos
naturalmente adaptados a estas condições naturais (Esquimós) que vivem
sobretudo da pesca e da caça. Também o grande desenvolvimento tecnológico
permite criar condições artificiais de forma a fixar o Homem nestas regiões.
Contudo, os custos são de tal forma elevados que só pequenas comunidades de
cientistas se fixam temporariamente nestas regiões.
As regiões desérticas são
caracterizadas por elevadas temperaturas e pela escassez de água.
A água é um elemento fundamental nos organismos
vivos e a sua inexistência impossibilita a vida a qualquer espécie animal ou
vegetal. Assim estas regiões são caracterizadas pela ausência de população que
não encontra nestas regiões qualquer forma de subsistência, urna vez que a
agricultura é uma atividade impossível. Contudo, sempre que nessas regiões surge
água, agrupam-se pequenas comunidades que praticam uma agricultura intensiva
numa área muito restrita — são os oásis.
Estas regiões são caracterizadas
por elevados valores de temperatura, precipitação e umidade durante todo o ano.
Estas são as condições ideais para o desenvolvimento da vegetação, dando origem
ao aparecimento de florestas muito densas (das quais a mais conhecida é a
floresta amazônica, situada na América do Sul). A densidade das árvores, que
nesta região atinge muitos metros de altura, é de tal forma elevada que as suas
copas formam um teto contínuo impedindo a penetração da luz até ao solo. Deste
modo torna-se impossível ao Homem viver nestas regiões.
O calor e a umidade são também elementos favoráveis
ao desenvolvimento de microrganismos causadores de doenças, constituindo-se,
assim, um meio insalubre e desfavorável à presença humana.
Embora pouco atrativas estas
regiões não são tão repulsivas como as apontadas anteriormente e, apesar dos
solos serem pobres, a atividade agrícola é possível com uma tecnologia adequada
e culturas mais adaptadas ao clima.
As regiões de montanha são
normalmente áreas pouco povoadas. Isto porque a altitude afeta o normal
funcionamento do organismo humano em virtude da diminuição da pressão
atmosférica, da temperatura e da proporção de oxigênio no ar. Em altitudes
superiores a três mil metros o homem cansa-se facilmente, pelo que o trabalho
se torna quase impossível de praticar.
Assim, a cordilheira dos Himalaia,
na Ásia, as montanhas do Quilimanjaro, em África, os Alpes e os Pirineus, na
Europa, as montanhas Rochosas e os Apalaches, na América do Norte, e a
cordilheira dos Andes, na América do Sul, são autênticos desertos humanos.
Apesar de haver exceções, o
Homem tem manifestado sempre a sua preferência pelas regiões baixas, mais
fáceis de cultivar e irrigar e próximas da costa ou de rios navegáveis.
FACTORES JUSTIFICATIVOS DAS FORTES DENSIDADES
POPULACIONAIS
As áreas pouco povoadas ou
repulsivas contrastam com as áreas atrativas, fortemente povoadas. São vários
os fatores que contribuem para as elevadas densidades populacionais. Nomeadamente
as condições favoráveis à agricultura, a indústria, as cidades, as vias de
comunicação e as migrações.
A
AGRICULTURA
No princípio, o Homem vivia da
caça e da coleta e era, por isso, nômade. Buscava na natureza a satisfação das
suas necessidades básicas e andava de lugar em lugar, em busca de alimento.
Mais tarde descobre a
agricultura. Após a sementeira havia que esperar o crescimento das plantas e a
sua frutificação. Isso obrigou o Homem a fixar-se. Contudo, a agricultura só é
produtiva em solos férteis e em regiões de clima favorável. Assim o Homem
passou a fixar-se preferencialmente nas regiões cujas condições naturais se
revelavam mais propícias à agricultura.
Uma vez garantida a subsistência
da população verifica-se uma rápida reprodução e, conseqüentemente, um
crescimento populacional. É claro que quanto mais produtiva era a agricultura
maiores eram as densidades populacionais
Assim verifica-se que, de uma
maneira geral, as regiões de grande potencialidade agrícola correspondem a
regiões fortemente povoadas.
A INDÚSTRIA
Nas sociedades modernas é a
indústria e não a agricultura que surge como grande fonte empregadora da
população. Ao oferecer emprego a indústria atrai população que abandona a sua
terra natal para se fixar junto a áreas industriais. Por esta razão, as regiões
muito industrializadas, correspondem quase sempre a grandes concentrações
populacionais, principalmente se concentram indústrias que necessitam de muita
mão-de-obra.
AS CIDADES
O Homem é um ser social que
desde cedo começou a viver em grupo. Com o desenvolvimento econômico e
científico, os pequenos grupos humanos foram aos poucos dando origem a cidades.
Estas, pela grande variedade de atividades que integram, constituem um grande
foco de oferta de emprego. Proporcionam também o aumento da qualidade de vida,
pois as populações têm à sua disposição a possibilidade de satisfazer todas as
suas necessidades ao nível do trabalho, educação, saúde e diversão. Por isto a
cidade constitui um grande foco de atração para a população.
VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE
O Homem começou a deslocar-se a
pé ou com o apoio de alguns animais. Obviamente a sua mobilidade era reduzida e
a capacidade de transporte de mercadorias quase nula. Por essa razão o barco
surgiu como um meio mais fácil e rápido de se deslocar e transportar produtos
para outras regiões, possibilitando o comércio com outros povos. Assim, os rios
navegáveis e as zonas costeiras surgiram como áreas mais atrativas. Podemos
verificar que a maioria das mais importantes cidades do mundo se localiza junto
à costa ou junto a rios navegáveis.
Mais tarde as linhas de caminho
de ferro e as estradas possibilitaram a deslocação das populações e, conseqüentemente,
o aparecimento de novos focos populacionais no interior.
Também a grande difusão do uso
do automóvel permitiu o acentuado crescimento das cidades uma vez que as
pessoas podem viver cada vez mais longe do local de trabalho.
AS MIGRAÇÕES
As migrações constituem um
elemento fundamental para explicar as grandes concentrações populacionais da atualidade.
Os motivos que estão na base da
sua existência residem quase sempre na busca de meios que garantam a
sobrevivência das pessoas ou a melhoria do seu nível de vida. Estão neste
contexto os grandes fluxos verificados do século XV ao século XVIII a partir da
Europa e que estiveram na base do povoamento e colonização dos novos
territórios da América, África e Ásia.
Atualmente verifica-se uma
tendência generalizada para a emigração dos países pobres para os países mais
industrializados. Daí o fato dos EUA, da Austrália e dos países da Europa
Ocidental continuarem a ser os mais atrativos.
OS FOCOS POPULACIONAIS
A região do Sul e Sueste
asiático são caracterizadas por um clima quente e chuvoso, abundância de rios e
solos muito férteis (identificadas com as letras A e B na figura 1). A
população destas regiões desbravou a floresta e optou pelo arroz como primeira
cultura.
A grande organização dos trabalhos agrícolas
associada à grande regularidade climática permitiu, desde o passado, uma
elevada produção deste cereal. O elevado valor calórico do arroz. base da
alimentação destes povos, permitiu desde sempre natalidades muito elevadas e um
grande crescimento da população. O Sul e Sudeste constituem na atualidade os
maiores focos populacionais do Mundo.
A Europa constitui, desde o
passado, urna região muito favorável à agricultura: clima temperado relevo
predominantemente plano e solos férteis (identificada com a letra C na figura
1). A abundância de rios e a costa muito recortada facilitam a existência de
portos naturais e de comunicação entre os povos. A abundância de alimentos
possibilitou um aumento populacional.
A exploração dos recursos do
subsolo (carvão, ferro...) incentivou o aparecimento da indústria (Revolução
Industrial).
Com o desenvolvimento industrial, desenvolveram-se
também os meios de transporte. O nível de vida melhora. A mortalidade diminui e
a população cresce. A grande oferta de empregos na indústria, no comércio e nos
serviços, atraiu população do SW da Europa e a outras regiões do mundo,
nomeadamente a partir da II Guerra Mundial. As cidades crescem.
Até ao séc. XVI o continente
americano era praticamente despovoado. Só a partir do séc. XVIII se iniciaram
grandes correntes migratórias (colonização) a partir da Europa, primeiramente
do Reino Unido, para este continente conhecido por Novo Mundo. Estes colonos
dedicavam-se, sobretudo à atividade agrícola e extração mineira. A população
localizou-se junto à costa (identificada com a letra D na figura 1) para mais
facilmente estabelecer trocas comerciais com a Europa. Trocavam produtos
agrícolas por produtos industriais.
Mesmo com a independência dos EUA, os grandes fluxos migratórios
continuaram a verificar-se aumentando o número de habitantes. A abundância de
matérias-primas, as inovações tecnológicas trazidas da Europa e o grande
mercado que este continente constituía deram origem ao grande desenvolvimento
industrial. O grande fluxo migratório e o grande desenvolvimento da indústria
originaram o grande crescimento das cidades. Este fato tornou esta região numa
das mais povoadas do mundo, constituindo, ainda hoje, um grande foco de atração
de emigrantes de todas as regiões do mundo.
A população mundial não se
encontra homogeneamente distribuída no planeta. As áreas superpovoadas opõem-se
outras onde o homem se encontra ausente. Estão nesta situação o extremo norte
da América, da Europa e da Ásia e também grande parte do Norte de África e
extremo sul da América, assim como o interior da Ásia, da Austrália, da América
do Norte e toda a Antártida.
Com estas regiões praticamente
desertas contrastam quatro grandes focos populacionais. São eles o Sul (A) e o
Sudeste asiático (B), a Europa Ocidental (C) e a faixa costeira atlântica da
América do Norte (D).
A DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL . Disponível em http://www.aesap.edu.pt/Geografia/index.htm.
Acesso em 27/02/2012
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