Uma
.pré-história. da reflexão econômica sobre o papel do
espaço
nas atividades produtivas e no consumo ( Paul Claval, Geografia Econômica e
Economia)
O conhecimento da economia se desenvolveu, até o fim do século dezoito,
graças à observação do papel do espaço na vida econômica, como foi mostrado por
Pierre Dockès há uma geração atrás (DOCKÈS, 1969).
“No
fim do século dezessete, economistas como William Petty, na Inglaterra, e
Vauban, na França, já sabiam que as atividades produtivas estavam geralmente
concentradas ao longo dos litorais, dos rios navegáveis e dos canais, nas tiras
de duas léguas de largo”.
Observando atentamente o fragmento de texto acima, podemos
identificar uma das causas para as grandes concentrações de pessoas nas áreas
próximas das águas tanto de mares como de rios. Tais adensamentos populacionais
decorrem da localização das atividades produtivas, revelando assim a grande
importância de modo de produção capitalista na construção do espaço geográfico mundial.
Depois de 1770, a situação mudou. Os economistas desenvolveram
um interesse crescente pelos mecanismos econômicos. Turgot descreveu o
funcionamento dos mercados e a lei da oferta e da procura. Na “Riqueza das
Nações”, Adam Smith (1776) já mostrava interesse pela observação geográfica:
ele demonstrou que a especialização do trabalho era limitada pela extensão do
mercado, Mas ele considerou que a riqueza das nações resultava da vontade dos
indivíduos, das iniciativas dos empreendedores e do livre funcionamento dos
mercados – “deixa fazer, deixa passar"
A ultima frase desse fragmento de texto extraído da obra de Claval, fundamenta a criação dos blocos econômicos regionais, cuja criação se apoia na livre circulação de bens e serviços. De outro modo, a livre circulação do capital.
A ultima frase desse fragmento de texto extraído da obra de Claval, fundamenta a criação dos blocos econômicos regionais, cuja criação se apoia na livre circulação de bens e serviços. De outro modo, a livre circulação do capital.