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domingo, 30 de agosto de 2009

URBANIZAÇÃO E DENSIDADE DEMOGRÁFICA

As áreas de maior concentração demográfica localizam-se no Hemisfério Norte da Zona Temperada, na Eurásia (3/4 da população mundial), sendo os países mais populosos do Mundo: a China, Índia e EUA. Os países mais povoados do mundo são: Bangladesh, Holanda, Bélgica, Formosa, Porto Rico. Existem fatores condicionais para esta concentração que são : Clima favorável, presença de recursos naturais, riqueza em minérios para industrias e riqueza em solos para agricultura. Assim formam-se as grandes cidades. E apesar de existirem desde a Antigüidade, as cidades passam a ocupar, de fato, o centro da vida somente a partir da Revolução Industrial.

O processo de urbanização começa quase sempre interligado à industria. A cidade atrai a população do campo devido a presença da industria, que localiza-se junto aos principais centros urbanos devido a necessidade de mão de obra e mercado consumidor.

Com todos os atrativos e vantagens, principalmente materiais, que a cidade oferece e com a liberação da mão-de-obra rural, a urbanização pode ser considerada a marca registrada do século 20. E, em decorrência dela, surgem vários problemas como por exemplo os ambientais.

Como o ritmo de expansão da cidade é mais acelerado do que a ampliação da sua infra-estrutura, eles tendem a agravar-se com o tempo, ficando muito graves nas regiões mais pobres porque aos problemas somam-se a miséria, a falta de saneamento básico e a ocupação desordenada dos espaços urbanos.

A perda da cobertura vegetal, provocada pela ocupação humana e industrial e pela instalação de vias de circulação, diminui a infiltração da água no solo, aumenta a impermeabilização do solo, acentua as chamadas "ilhas de calor afeta a fauna, reduz a umidade atmosférica, aumenta a erosão, acaba com os mananciais. Com isso, a cidade passa a conviver com o assoreamento de canais, rios e represas, a falta d’água, os deslizamentos de morros e as inundações constantes.

A poluição do ar, causada pelas indústrias e, principalmente, pela fumaça lançada pêlos veículos, provoca doenças e intensifica o efeito estufa. Além disso, nos secos meses do inverno tropical, a inversão térmica acaba concentrando ainda mais os poluentes, sem ações adequadas pêlos governos que não assumem suas responsabilidades.

O lixo doméstico e os resíduos industriais são outro problema: o lixo, além de poluição é fonte de doenças, e desperdício de matérias-primas. O lixo orgânico tem três destinos: incinerado, o que polui o ar; transformado em adubo nas usinas de compostagem; depositado em aterros sanitários, o que produz um líquido altamente tóxico, conhecido como "chorume", e o gás metano, boa fonte energética. O lixo não-orgânico pode ser reciclado por meio de coleta seletiva, e a reciclagem é uma fonte de renda, diminui o desperdício de matérias-primas e reduz a poluição. Já os volumosos resíduos líquidos necessitam de tratamento e exigem vultosos recursos para a instalação de coletores e estações de tratamento.

A visão em horizonte das grandes metrópoles já denúncia a dura sobrevivência do homem: ausência quase absoluta de natureza, enormes espigões, poluição quase total em todos os sentidos, trânsito estrangulado, multidões movendo-se como sombras. A carência de áreas verdes é flagrante. O desequilíbrio ecológico é real, sensível. O clima nas cidades não é o mesmo o que diminui a qualidade de vida sensivelmente.

Para assegurar a melhoria da qualidade de vida em uma cidade, e de sua população é necessário um desafio que não só adote uma prática político-administrativa que contemple os aspectos diretamente ligados ao meio ambiente, como efeito estufa, poluição do ar, deslizamento de morros, desmatamento, destino do lixo, falta d’água, contaminação de água e outras no mesmo sentido, mas também que se invista muito em infra-estrutura e em estratégias de desenvolvimento tecnológico, econômico, social e cultural.